Foto: Autor Desconhecido
BATALHAS
"Desde meus primeiros passos na dança, a improvisação esteve sempre presente, e o lugar que mais me desafiou e desafia sobre raciocínio rápido de musicalidade, desenvolvimento rítmico, váriação de movimento e texturas, são as Batalhas. Não só o desafio de raciocínio e desenvoltura, mas a minha própria presença enquanto mulher num cenário predominantemente masculino. Consegui títulos os quais tenho muito orgulho, atráves de muito treinamento físico, psicológico e de dança."
AS MAIS IMPORTANTES.
"Essas batalhas são importantes porque me preparei de certa forma para estar nelas, passando pelas batalhas municipais, estaduais/regionais e depois as internacionais. Sendo julgada por referências no cenário da dança dentro e fora do Brasil. Ja cheguei a ir ha um evento apenas com a passagem de ida, e essa é a realidade de muitos dançarinos de batalha no nosso país. É uma dedicação diária, de estudar musicalidade, pesquisa de movimento, meios de criar a sua própria assinatura nessa comunidade."
REPRESENTATIVIDADE
"Carreguei e ainda carrego no peito a importância da representatividade que sou, meus traços, a cor da minha pele, minhas vestimentas e o jeito cultural nortista de me mexer e falar, não tem como você olhar para alguém e já não codificar o que ela representa. Sou uma mulher nortista, vinda de icoaraci - Belém, LGBTQIA+, descendente indígena, apenas no intuito e desejo de me realizar e desafiar enquanto artista amazonida. Ser a única mulher em meio a tantos homens numa final, é de se pensar sobre o quão a mulher precisa ocupar um espaço que também é dela. E venho me alegrado muito em como isso vem mudando."